CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE
20. A importância de um curso de educação mediúnica
Fortaleza, 05 de agosto de 2015
“O meio, aliás, muito simples, (...), consiste em se começar pela teoria. Aí todos os fenômenos são apreciados, explicados, de modo que o estudante vem a conhecê-los, a lhes compreender a possibilidade, a saber em que condições podem produzir-se e quais os obstáculos que podem encontrar.” Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, capítulo 3, Do Método
O Livro dos Médiuns é um divisor de águas quando falamos sobre mediunidade. Kardec foi cuidadoso ao esclarecer o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, que antes era assunto para poucos, para os iniciados.
Anteriormente, os médiuns eram conhecidos como adivinhos, videntes ou profetas. Função exercida por poucos e que dava status e prestígio por serem consultados por reis e rainhas, e quando caíam em suas graças, ficavam próximos do poder.
Outros, ao contrário, médiuns em desarmonia e desequilibrados, eram chamados de loucos, apedrejados, banidos da cidade, muitas vezes vagando de aldeia em aldeia, tornando-se nômades no deserto ou isolando-se nas montanhas.
Por vezes entramos em contato com pessoas que possuem a faculdade mediúnica e por desconhecimento e por falta de orientação segura, não compreendem o que está acontecendo e ficam confusas, perturbadas e desorientadas.
O Livro dos Médiuns nos orienta e nos esclarece sobre a necessidade do desenvolvimento e da educação mediúnica. Kardec apresenta um novo método no trato com os desencarnados. Antes, os Espíritos eram afastados da pessoa com a exorcizacão, com agressividade e de forma desumana, usualmente falavam "vamos expulsar o demônio do corpo endemoniado". Kardec introduz no trato com os desencarnados o diálogo fraterno com amor, que ao mesmo tempo cuida e auxilia o comunicante e educa o médium.
Como observado no trecho no início deste artigo, o estudo da teoria é fundamental para a educação e o desenvolvimento da mediunidade com segurança, evitando distúrbios ao médium.
A formação do médium passa, primeiramente pelo seu autoconhecimento, para compreender os seus sentimentos, emoções, virtudes e defeitos e, assim, perceber se o que está sentindo é seu ou de um Espírito próximo. Muitas vezes o médium toma a emoção do desencarnado que está em sua sintonia como sendo sua e, dessa forma, fica por mais tempo sentindo as influências do Espírito que está sofrendo ou que deseja causar sofrimento, sem conseguir ajudá-lo, por achar que é ele quem está com aquela dor, ou com raiva, angustiado, triste, deprimido ou com medo. Se o médium adotar o hábito de se observar melhor, entenderá que a origem desses sentimentos é externa, provocados pela sintonia dos seus pensamentos com os de irmão(s) desencarnado(s), fruto da sua maior sensibilidade mediúnica.
Em um curso de mediunidade, o participante entra em contato com a teoria necessária para aprender a lidar com a sua mediunidade, trabalha o seu autoconhecimento e também é possível trocar experiências com outras pessoas que possuem sintomas e questionamentos semelhantes. No curso, a prática mediúnica é introduzida gradativamente, com cuidado e com a assistência de benfeitores e trabalhadores experientes de ambos os planos, espiritual e material.
O convite para hoje é: procure um curso de educação mediúnica e matricule-se o quanto antes. Não é sensato e nem seguro querer desenvolver a mediunidade sozinho.
Que assim seja!
Ficha técnica:
Texto - Anibal Albuquerque
Arte da marca - Weyne Vasconcelos
Revisão - Idejane de Melo
Mídias sociais - Marcos Lima Domingues
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