sábado, 29 de agosto de 2015

22. Quem anda comigo?

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE 

22. Quem anda comigo?

 

Fortaleza, 26 de agosto de 2015

 

 

Meus irmãos,

 

Que a paz do Mestre Jesus permaneça conosco!

 

Na semana passada falamos que para a ocorrência do fenômeno mediúnico o telefone toca de lá para cá, ou seja, que o médium é um instrumento, e que para a comunicação ocorrer, depende mais dos Espíritos do que dele.

 

Devemos nos lembrar que o médium deve se preparar para não ser joguete de Espíritos menos esclarecidos, evitando problemas e sofrimentos ocasionados pela presença desses Espíritos.

 

Conforme o nosso gosto, o nosso jeito de ser, dos nossos atos, das nossas palavras, os nossos  pensamentos e os nossos sentimentos, nós escolhemos nossos amigos ou somos escolhidos para fazermos parte dos círculos de amizade.

 

No intercâmbio entre o plano espiritual e o material, a escolha das companhias não se dá de maneira diferente. Ela ocorre por meio da sintonia, do padrão vibracional em que nos colocamos.

 

Dessa forma, a atração de bons amigos ou amigos imperfeitos, depende do nosso jeito de ser. Devemos ficar atentos, vigiando os nossos pensamentos e sentimentos, pois são eles que formam as nossas crenças e determinam as nossas companhias, onde quer que seja. A lei de atração é indubitável.

 

O convite para hoje é: vamos nos conhecer melhor para podermos escolher melhor as nossas companhias.

 

Esperamos que goste deste material, participe do entre nós com exemplos, perguntas e compartilhando experiências.

 

Paz e Luz!

 

 

Fonte: Aula 3. Classificação da Mediunidade

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias sociais - Marcos Lima Domingues


sábado, 22 de agosto de 2015

21. O telefone só toca de lá para cá

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

21. O telefone só toca de lá para cá

 

Fortaleza, 12 de agosto de 2015

 

 

“(...) pode suceder que os fenômenos não se dêem quando mais desejados sejam, (...)." Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, capítulo 3, do método.

 

 

Quando se trata de fenômeno mediúnico, todos nós temos que ser cautelosos, pois não podemos afirmar ou dar garantia de que o fenômeno sempre ocorrerá quando e onde desejamos. Bem como o fenômeno poderá ocorrer contrário ao nosso desejo, em hora e local inadequados, por desconhecimento ou falta de controle do médium.

 

Independente do tipo da manifestação, se de efeitos físicos ou se de efeitos inteligentes, ela tem origem com o Espírito desencarnado, ao desejar realizar o fenômeno, e não por vontade do médium.

 

Chico Xavier não cansava de repetir a frase "o telefone só toca de lá para cá", demonstrando que o médium ostensivo é somente o medianeiro, o meio, o canal por onde ocorre o fenômeno e não o seu causador.

 

Se o Espírito desencarnado não desejar realizar o fenômeno mediúnico de efeitos físicos ou comunicar-se, não teremos um intercâmbio mediúnico.

 

Essa é uma das causas pelas quais os cientistas não aceitam o aspecto científico da doutrina espírita, porque segundo as premissas da ciência, para que um experimento científico seja aceito é necessário que possa ser repetido, caso outra pessoa seguindo as mesmas condições e sequência de passos.

 

Kardek comenta sobre isso na Introdução de O Livro dos Espíritos: “As ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria, que se pode experimentar e manipular livremente; os fenômenos espíritas repousam na ação de inteligências dotadas de vontade própria e que nos provam a cada instante não se acharem subordinadas aos nossos caprichos. As observações não podem, portanto, ser feitas da mesma forma; (...).”

 

O convite para hoje é: estudemos mais a ciência espírita para melhor compreendê-la.

 

Permaneçamos em paz!

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte da marca - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias sociais - Marcos Lima Domingues


quinta-feira, 13 de agosto de 2015

20. A importância de um curso de educação mediúnica

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

20. A importância de um curso de educação mediúnica

 

Fortaleza, 05 de agosto de 2015

 

 

“O meio, aliás, muito simples, (...), consiste em se começar pela teoria. Aí todos os fenômenos são apreciados, explicados, de modo que o estudante vem a conhecê-los, a lhes compreender a possibilidade, a saber em que condições podem produzir-se e quais os obstáculos que podem encontrar.” Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, capítulo 3, Do Método

 

 

O Livro dos Médiuns é um divisor de águas quando falamos sobre mediunidade. Kardec foi cuidadoso ao esclarecer o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, que antes era assunto para poucos, para os iniciados.

 

Anteriormente, os médiuns eram conhecidos como adivinhos, videntes ou profetas. Função exercida por poucos e que dava status e prestígio por serem consultados por reis e rainhas, e quando caíam em suas graças, ficavam próximos do poder.

 

Outros, ao contrário, médiuns em desarmonia e desequilibrados, eram chamados de loucos, apedrejados, banidos da cidade, muitas vezes vagando de aldeia em aldeia, tornando-se nômades no deserto ou isolando-se nas montanhas.

 

Por vezes entramos em contato com pessoas que possuem a faculdade mediúnica e por desconhecimento e por falta de orientação segura, não compreendem o que está acontecendo e ficam confusas, perturbadas e desorientadas.

 

O Livro dos Médiuns nos orienta e nos esclarece sobre a necessidade do desenvolvimento e da educação mediúnica. Kardec apresenta um novo método no trato com os desencarnados. Antes, os Espíritos eram afastados da pessoa com a exorcizacão, com agressividade e de forma desumana, usualmente falavam "vamos expulsar o demônio do corpo endemoniado". Kardec introduz no trato com os desencarnados o diálogo fraterno com amor, que ao mesmo tempo cuida e auxilia o comunicante e educa o médium.

 

Como observado no trecho no início deste artigo, o estudo da teoria é fundamental para a educação e o desenvolvimento da mediunidade com segurança, evitando distúrbios ao médium.

 

A formação do médium passa, primeiramente pelo seu autoconhecimento, para compreender os seus sentimentos, emoções, virtudes e defeitos e, assim, perceber se o que está sentindo é seu ou de um Espírito próximo. Muitas vezes o médium toma a emoção do desencarnado que está em sua sintonia como sendo sua e, dessa forma, fica por mais tempo sentindo as influências do Espírito que está sofrendo ou que deseja causar sofrimento, sem conseguir ajudá-lo, por achar que é ele quem está com aquela dor, ou com raiva, angustiado, triste, deprimido ou com medo. Se o médium adotar o hábito de se observar melhor, entenderá que a origem desses sentimentos é externa, provocados pela sintonia dos seus pensamentos com os de irmão(s) desencarnado(s), fruto da sua maior sensibilidade mediúnica.

 

Em um curso de mediunidade, o participante entra em contato com a teoria necessária para aprender a lidar com a sua mediunidade, trabalha o seu autoconhecimento e também é possível  trocar experiências com outras pessoas que possuem sintomas e questionamentos semelhantes. No curso, a prática mediúnica é introduzida gradativamente, com cuidado e com a assistência de benfeitores e trabalhadores experientes de ambos os planos, espiritual e material.

 

O convite para hoje é: procure um curso de educação mediúnica e matricule-se o quanto antes. Não é sensato e nem seguro querer desenvolver a mediunidade sozinho.

 

Que assim seja!

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte da marca - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

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sábado, 8 de agosto de 2015

19. Mediunidade é coisa séria

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

19. Mediunidade é coisa séria

 

Fortaleza, 01 de agosto de 2015

 

 

“Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível um passatempo.” Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, Introdução

 

 

Mediunidade não é brincadeira.

 

Semanalmente, tenho conversado sobre a mediunidade e o relacionamento que temos com os Espíritos desencarnados.

 

Nessa temática, não podemos tratar levianamente o comunicante, já desencarnado, ou o seu mensageiro, o médium. Ambos têm que ser tratados com amor e atenção, para que não ocorram distúrbios energéticos, físicos ou psíquicos.

 

Todos que interagem com os desencarnados necessitam cuidar de si, evangelizando-se, trabalhando a sua reforma íntima, educando e desenvolvendo a sua mediunidade segundo os ensinamentos de Jesus e os postulados de Kardec.

 

Por meio da mediunidade entramos em contato com muitas histórias de vidas, boas ou não, com as virtudes e os defeitos morais daqueles que se apresentam ao médium, e dessa forma vemos a lei de causa e efeito em ação.

 

Algumas pessoas buscam o espiritismo por causa da fenomenologia, por causa do diálogo com os desencarnados e dos fenômenos físicos, e não observam que essa parte é somente a ponta do iceberg da doutrina espirita.

 

O espiritismo é muito mais do que isso. É o amor a Deus, são os ensinos morais que Jesus nos deixou que nos auxiliam em nossa reforma íntima, que fazem com que nos respeitemos e nos amemos mais e que sejamos caridosos. São, ainda, os ensinamentos filosóficos e científicos que os Espíritos deixaram na codificação, mostrando-nos que a verdadeira vida é a espiritual, os ensinamentos sobre as Leis Morais, as relações espirituais e afetivas entre familiares e amigos que desencarnaram e também as relações de ódio entre vítima e algoz e suas consequências.

 

O convite para hoje é: observe como se dá a sua mediunidade, como você lida com ela e o que faz para educar-se.

 

Indicamos o vídeo do programa Transição "O que é a mediunidade e quem são os médiuns?" http://youtu.be/S0oSdp8BbEE

 

Muita paz e luz!

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias sociais - Marcos Lima Domingues

sábado, 1 de agosto de 2015

18. Devemos ajudar os Espíritos, mesmo os maus?

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

18. Devemos ajudar os Espíritos, mesmo os maus?

 

Fortaleza, 15 de julho de 2015

 

 

“(...) os demônios são simplesmente as almas dos maus, ainda não purificadas, mas que podem, como as outras, ascender ao mais alto cume da perfeição e isto parecerá mais conforme à justiça e à bondade de Deus, do que a doutrina que os dá como criados para o mal e ao mal destinados eternamente.” Allan Kardec, em O livro dos médiuns, Capítulo 1.

 

 

Kardec nos ensina que não existem penas eternas e que somos regidos por uma lei natural ou divina, a lei de progresso, demonstrado de forma bem clara no texto acima quando afirma: "os demônios são simplesmente as almas dos maus, ainda não purificadas".

 

Observamos assim, que elas um dia progredirão, não por um passe de mágica e nem da noite para o dia, mas com as oportunidades que Deus nos presenteia, por meio da pedagogia da reencarnação, a lei de amor, que tudo repara e reconcilia.

 

Tenho observado na prática mediúnica, trabalhando com a desobsessão como médium dialogador (doutrinador), quando acolhemos irmãos endurecidos e enraivecidos pelos dissabores da vida, que por meio do diálogo fraternal e amoroso, com a assistência dos bons Espíritos no comando dos trabalhos e com a vibração dos médiuns de apoio, que muitos irmãos são auxiliados, pois percebemos a mudança energética, vibracional e emocional entre a sua chegada e o momento em que nos despedimos, sendo encaminhados para o tratamento e orientação espiritual.

 

Não podemos afirmar que esse irmão se transformou, que se purificou. Não! Categoricamente, não! Mas foi dado mais um passo diante de tantos outros que já ocorreram. Muitas vezes caímos, nos levantamos, caímos de novo, nos levantamos, e assim vamos caminhando. A vida é formada por essas alternâncias, de altos e baixos, que nos servem de aprendizado.

 

Permaneceremos estacionados ou em queda enquanto desejarmos ou enquanto não quisermos pedir ou aceitar a ajuda que nos oferecem. Deus é amor! Jesus nos ensina que se pedirmos, obteremos. Se batermos à porta, ela se abrirá.

 

Lembro-me de uma passagem do livro Nosso Lar em que André Luiz, após oito anos no umbral, pediu por ajuda e imediatamente dois companheiros socorristas vieram em seu auxílio, levando-o para tratamento no hospital da colônia espiritual Nosso Lar.

 

Em outro trecho do livro, quando ele se encontra com sua mãe, que reside em outra esfera mais elevada, há um momento em que ele lhe pergunta por onde andava ela que não o ajudou, que não o socorreu. O diálogo que ocorre a seguir é esclarecedor e emocionante. Sua mãe revela que desde o desencarne de André Luiz, pela condição em que ela se encontrava, são designados dois Espíritos socorristas para estarem ao lado dele, de prontidão para ajudá-lo e socorrê-lo no momento oportuno, quando se arrependesse e clamasse por ajuda. Ela orava diuturnamente por ele e por seu pai, envidando todos os esforços por ajudá-los, mas lamentavelmente eles não estavam ainda nessa sintonia espiritual. Mas no momento em que André Luiz pediu auxílio, imediatamente os Espíritos se fizeram presentes e o socorreram, levando-o para o hospital.

 

Não há mal que dure para sempre. Todos nós somos regidos pela lei de progresso e estamos fadados a sermos Espíritos de Luz. Quanto tempo levará? Quantas reencarnações ainda teremos? Não sabemos.

 

Tudo depende das nossas escolhas, do nosso livre-arbítrio e de nossas ações no bem, pois fomos criados simples e ignorantes. À proporção que progredimos vamos tomando consciência dos nossos atos e de suas consequências.

 

A reunião mediúnica é uma oportunidade ímpar de acolher, amparar e auxiliar irmãos endurecidos, pois aprendemos muito com eles, e se conseguimos ajudá-los de alguma forma, nos sentimos gratos pela oportunidade recebida e quem sabe se não teremos também a gratidão do irmão socorrido?

 

Gostaria de relembrar o momento em que Bezerra de Meneses, o médico dos pobres, desencarnou cujo registro encontramos no livro O Semeador de Estrelas, psicografado por Suelly Caldas Shubert, transcrito abaixo:

 

"- A minha maior felicidade, meu filho, foi quando Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-me, falou, suavemente: - Bezerra, acorde, Bezerra!

 

Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.

- Minha filha, é você, Celina?

- Sim, sou eu, meu amigo.

A Mãe de Jesus pediu-me que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior, havendo atravessado a porta da imortalidade.

Agora, Bezerra, desperte feliz.

 

Chegaram os meus familiares, os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar.

Mas, eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.

Então, Celina, me disse:

- Venha ver, Bezerra.

Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.

 

- Quem são, Celina? - perguntei-lhe - não conheço a ninguém. Quem são?

 

- São aqueles a quem você consolou, sem nunca perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos atormentados, que chegaram às reuniões mediúnicas e a sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou. São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade...

 

E Dr. Bezerra concluiu:

 

- A felicidade sem lindes existe, meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorremos."

 

A reflexão e convite para hoje é: eu devo julgar menos o outro e amar mais.

 

Muita Paz e Luz!

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias sociais - Marcos Lima Domingues

Imagem - cena do filme Nosso Lar