quinta-feira, 21 de maio de 2015

7. Eu tenho animismo ou mediunidade?

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

7. Eu tenho animismo ou mediunidade?

 

Fortaleza, 18 de fevereiro de 2015 

 

 

“Acho que não tenho mediunidade. Tenho animismo. (...). Nos trabalhos não tenho psicofonia, tenho só envolvimento. Sinto toda a dor e sofrimento dos irmãos que se aproximam. Mas não dou comunicação.” Questionamento de um médium, recebido via WhatsApp na noite da terça-feira de Carnaval em 17/02/2015

 

Com os questionamentos acima iniciei um diálogo de esclarecimento procurando levar ao médium a refletir o que é mediunidade.

 

Comecei falando do ensinamento do apóstolo dos gentios, Paulo, ao falar "há diversidade de carismas, mas o Espírito é o mesmo." (1 Coríntios 12,4) ou em outra tradução da Bíblia, Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH, "Existem tipos diferentes de dons espirituais, mas é um só e o mesmo Espírito quem dá esses dons." E mais adiante na mesma carta, Paulo é ainda mais enfático ao afirmar que "Há diferentes habilidades para realizar o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazê-lo." (1 Coríntios 12:6 NTLH). Mostrando-nos que existem várias formas de mediunidade e que não há somente a psicofonia em uma reunião mediúnica.

 

Devemos nos lembrar de que o animismo sempre existirá, raramente teremos uma comunicação 100% mediúnica, nós temos uma alma, palavra derivada do latim anima, de onde vem a palavra animismo, introduzida por Alexandre Aksakof, significando a manifestação do Espírito do encarnado.

 

"O animismo é ponte para o mediúnico" nos ensina Manoel Philomeno de Miranda, em psicografia pelo Médium Divaldo Pereira Franco, nos mostrando que todos nós trabalhadores no processo de burilamento, de lapidação, de educação e desenvolvimento mediúnico, passaremos naturalmente por esse processo de refinamento da nossa sensibilidade e percepção, entre nós e os irmãos desencarnados.

 

Devemos nos lembrar de que o objetivo maior da mediunidade é aprender e ajudar, e que sentir a dor e o sofrimento não deixa de ser um tipo de mediunidade. Muitas vezes para ajudar o irmão desencarnado não é preciso dar a comunicação por meio da psicofonia para trazê-lo para conversar.

 

Com a dor e sensações nós poderemos iniciar os primeiros socorros ao irmão mentalmente,  repassando ao doutrinador e aos demais integrantes do grupo o drama pelo qual o desencarnado está passando para podermos vibrar, atender e ajudar da melhor forma possível, encaminhando-o para tratamento espiritual.

 

Devemos compreender que em nosso dia-a-dia nós não nos utilizamos da mediunidade de psicofonia, quando muito, nas reuniões mediúnicas. Muitas vezes somos procurados pelos Espíritos desencarnados e por meio da nossa percepção, sensação e sentimentos, percebemos a aproximação e a sua necessidade, acolhendo, orando, ajudando, pedindo a ajuda de Espíritos socorristas e encaminhando-o.

 

Convidamos para refletir sobre o papel do médium, que é aquele que sente e, ao invés de sofrer, ajuda e socorre, por isso, devemos trabalhar os nossos sentimentos e nos evangelizar. Assista à palestra "Mediunidade com Jesus" de Haroldo Dutra Dias no YouTube.

 

Que assim seja!

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias Sociais - Marcos Lima Domingues


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