segunda-feira, 11 de maio de 2015

4. Como ser um bom médium?

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE
4. Como ser um bom médium?

Aníbal Albuquerque     
Fortaleza, 16 de fevereiro de 2015    


“(...) falsa ideia formaria aquele que pensasse bastar, para se considerar perito nesta matéria, saber colocar os dedos sobre uma mesa, a fim de fazê-la mover-se, ou segurar um lápis, a fim de escrever.” Allan Kardec, em O livro dos médiuns, Introdução


Na época de Allan Kardec, a forma mais comum de intercâmbio espiritual eram as mesas girantes e depois a psicografia. A primeira forma deixou de existir, enquanto a segunda ainda existe e outros tipos de mediunidade são também muito comuns, tais como a psicofonia, vidência, audiência, pintura e desdobramento. O desdobramento é muito mais anímico ou medianímico do que mediúnico.

Mas o que pretendemos falar hoje é sobre o que Kardec quis transmitir em seu ensinamento. O bom médium não é aquele que senta à mesa e dá uma comunicação atrás da outra sem intervalo, que não sabe parar, que faz tudo que o Espírito deseja - gritar, esmurrar, dizer palavrões - o que não consegue ter controle e tem dificuldade para terminar a comunicação.

O bom médium é aquele que consegue manter o controle e o domínio de si, sem permitir o domínio do comunicante. O médium educado é o porto seguro, o bálsamo que o Espírito sofredor necessita. E para os Espíritos raivosos, malignos e vingativos, o médium educado é aquele que consegue manter a calma, a harmonia, sem perder o controle e sem ser influenciado pelo irmão em desarmonia. O médium educado transmite e contagia o seu próximo com o amor, alegria e paz interior, que se exterioriza transformando ódio em calma, desarmonia em harmonia, entorpecendo com os bons fluidos que jorram de si e dos amigos espirituais para o comunicante.

Como se tornar um bom médium?

No curso de educação mediúnica buscamos preparar o médium com a teoria baseada nas obras básicas de Kardec. Utilizamos também o livro Mediunidade, número 2 da coleção Estudos e Cursos, de Therezinha Oliveira, que nos orienta para a boa prática mediúnica, por meio da reforma íntima, do autoconhecimento, da autopercepção e do autocontrole, desvencilhando-se do medo e interrupção do envolvimento mediúnico quando este toma uma direção inapropriada.

O livro Reuniões Mediúnicas do Projeto Manoel Philomeno de Miranda orienta que o médium ostensivo entre uma comunicação e outra deverá atuar como médium de apoio, e assim, poderá ouvir o diálogo do doutrinador, auxiliando no apoio, doando-se, aprendendo com a dor do próximo.  E ao mesmo tempo desvencilhando-se das energias do comunicante anterior e se preparando para o próximo comunicante que virá, evitando uma comunicação após a outra, e assim, evitando que as energias do comunicante anterior interfiram na próxima comunicação. Semelhante ao que ocorre quando desejamos mudar de uma estação de rádio para outra, há um trecho que apresentará interferência de sons entre as duas rádios, apresentando as duas programações.

O médium deve conscientizar-se da necessidade de educar-se e desenvolver-se mediunicamente.

O convite é: exercitar entre uma comunicação e outra o trabalho como médium de apoio, auxiliando o doutrinador nas vibrações esclarecedoras e reparadoras e aprendendo com a dor do próximo.


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