segunda-feira, 25 de maio de 2015

8. Virei médium, mas eu não queria...

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

8. Virei médium, mas eu não queria...

 

Fortaleza, 19 de março de 2015

 

 

“(...) cada um traga em si o gérmen das qualidades necessárias para se tornar médium (...)” Allan Kardec, em O livro dos médiuns, Introdução

 

 

Tenho observado em muitas pessoas o medo quando a mediunidade esta desabrochando. Em conversa com alunos do Curso de Educação Mediúnica do GEPE, sempre ouço a seguinte afirmativa "depois que comecei a fazer este curso eu piorei, pois eu não sentia nada e agora passei a sentir 'coisas', a ver, a ouvir e está acontecendo coisas que me assustam e eu não estou gostando. Antes eu não sentia nada e agora estou sentindo."

 

É interessante, como muitos de nós vemos a mediunidade como um problema, não aceitando ser médium, não aceitando a mediunidade.

 

Os Espíritos nos ensinam por meio de Kardec que os médiuns possuem uma predisposição orgânica, o nosso físico veio nesta reencarnação preparado biologicamente para o exercício da mediunidade, para quando chegar o momento previsto no planejamento reencarnatório a mediunidade eclodir.

 

Sabemos que muitas vezes não queremos, não gostamos, não aceitamos, rejeitamos a mediunidade e por isso sofremos. Todas as formas de não aceitação geram conflitos internos e muitas vezes externos, ocasionando um grande desperdício de energia física, mental e espiritual. É semelhante a querer atravessar um rio e fazer isso contra a correnteza. Poderemos chegar ao outro lado, mas chegaremos muito cansados, fatigados.

 

Uma vez em uma palestra do Richard Simonetti ele comparou a mediunidade programada, quando do planejamento reencarnatório, a um empregado de uma empresa que participa de um treinamento específico com duração de 30 dias, onde a empresa investe na sua aprendizagem com pagamento de diárias, hospedagem, alimentação, passagem aérea, instrutor, material didático e ao final do treinamento é considerado apto, mas quando volta para o local de trabalho informa que não exercerá a função em que recebeu treinamento, porque não quer, tem medo, é difícil etc.

 

Assim também se dá com o médium, pois houve um investimento da espiritualidade, houve uma preparação, ajustes no organismo no campo físico e psíquico. Mas, infelizmente, o médium não admite a mediunidade, não faz a sua reforma íntima, não se ajuda e nem ajuda ao próximo, sofrendo pela não aceitação.

 

Relembro também o filme Sexto Sentido, em que o personagem principal, o garoto, possui uma variedade de mediunidades, de vidência, de efeitos físicos, audiência, lembranças do que ocorreu no local no passado.

 

Naturalmente, por desconhecer a origem dos fenômenos, é natural o seu medo, e por isso ele sofre, sendo acusado por sua mãe pelo desaparecimento de objetos e desorganização da cozinha. Ações que não eram cometidas por ele diretamente, mas sim por Espíritos que se utilizavam da sua propriedade de médium de efeitos físicos. A sua vida era um tormento, um eterno sofrimento semelhante ao que ocorre com muitas pessoas que passam por situações semelhantes à dele, e não sabem como lidar, como agir.

 

No filme há um divisor de águas para o garoto quando ele descobre que é procurado pelos que já morreram, os Espíritos, porque eles precisam da sua ajuda. O filme retrata este momento quando ele vai ao velório de uma garota, cuja morte foi causada por envenenamento, e ela o procura para ajudá-la a desvendar o mistério. Ele coloca a prova do crime, gravada em uma fita VHS no aparelho de videocassete existente na sala e desmascara a madrasta da garota. Ao ir embora ele se despede da garota, que está em um balanço no jardim na frente da casa. E assim ele passa a conviver com a sua mediunidade, ajudando aqueles que lhe procuram e passando a viver em paz consigo.

 

O convite para hoje é procurar entender, educar, desenvolver e aceitar a mediunidade. Compreendendo que ela não surgiu do acaso, fortuitamente.

 

Aceitar a mediunidade é o recado que deixo.

 

http://youtu.be/oRZQr5N5Z-Q

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Arte - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias Sociais - Marcos Lima Domingues

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