quarta-feira, 7 de setembro de 2016

74. Vida valiosa


REFLEXÃO ENTRE NÓS
74. Vida valiosa

Fortaleza, 04 de setembro de 2016
por Aníbal Albuquerque


"Suicídio? Recordei as acusações dos seres perversos das sombras." André Luiz, livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier

Estamos no setembro amarelo, mês internacional da prevenção ao suicídio.

É um tema delicado de ser tratado e exposto, mas não podemos fechar os olhos e omitir algo que precisa ser cuidado com o máximo de carinho e a atenção necessária.

O objetivo da campanha é chamar a atenção para o problema (que muitas vezes vai surgindo de forma lenta e silenciosa) e evitar que as pessoas permaneçam sem informações e o mundo perca tantas vidas.

O convite que fazemos hoje é para que despertemos para a relação que o suicídio tem com coisas que não costumamos pensar, tais como emoções negativas do dia a dia e com hábitos não saudáveis.

O ensinamento vem do livro Nosso Lar, psicografia de Chico Xavier, em que o autor e personagem, o Espírito André Luiz é acusado de suicídio, pecha que ele não aceita e não entende, pois tem a convicção de que faleceu em consequência de doença.

Quando em tratamento no hospital na colônia Nosso Lar, André Luiz, ao receber a visita do médico e ouvir novamente a palavra suicida, comenta: "- Creio haja engano - asseverei, melindrado -, meu regresso do mundo não teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal..." Continua o médico: "- Sim - esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se em causas profundas. (...) - Vejamos a zona intestinal - exclamou. - A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança. (...). Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, (...). Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico. (...), continuou: - Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas? (...). Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo: - Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. (...). Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. (...). Como vê, o suicídio é incontestável."

É preciso que tenhamos consciência e nos lembremos sempre do que foi dito pelo médico: o estado de humor, o relacionamento com os outros e as emoções são fundamentais para a nossa saúde psíquica e física. Gradativamente, devemos buscar o equilíbrio no pensar, no agir, no falar, no julgar, no olhar, no ouvir, no comer e no beber. Os excessos são extremamente prejudiciais à vida.

Para uma melhor compreensão, podemos fazer uma analogia da energia que temos, a vitalidade, com uma bateria de um carro. Ela sai de fábrica dimensionada para uma vida útil em torno de dois anos, mas caso seja usada excessivamente e de forma descuidada, ela não durará o tempo previsto. Assim também somos nós. Quantos tratamentos nos submetemos por nossa falta de cuidado com a saúde?

A perspectiva trazida por este artigo pode não ser muito agradável, mas não podemos fechar nossos olhos e ouvidos para lições tão esclarecedoras. Então, para o setembro amarelo pedimos uma reflexão também para esta outra perspectiva do suicídio, ensinada por André Luiz.

A vida é muito valiosa para ser desperdiçada.

Paz e Luz com o mestre Jesus!


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Texto - Aníbal Albuquerque
Sugestão do título - Lucas de Melo
Revisão - Idejane de Melo
Criação da marca - Weyne Vasconcelos

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