sábado, 26 de setembro de 2015

27. Intuição

CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE

27. Intuição

 

Fortaleza, 12 de setembro de 2015

 

 

Quando falamos em intuição, a primeira imagem que nos vem à mente é sobre a mulher ou a intuição feminina.

 

Será algo exclusivo das mulheres ou os homens também possuem? Ou será que podemos desenvolver?

 

A intuição está intimamente ligada aos sentimentos, à percepção. Em administração normalmente chamamos isso de feeling. Por isso nas mulheres é uma característica tão forte. Nós homens somos mais racionais e menos sentimentais.

 

No trabalho mediúnico a intuição é bem marcante nos doutrinadores (dialogador), momento em que ele entra em conexão com os dirigentes espirituais do trabalho que está ocorrendo, para poder auxiliar os irmãos sofredores ou que causam sofrimentos.

 

Lembro-me das palavras de nosso irmão espírita, Ramom Salas, também doutrinador, que afirmava: "a intuição é a mediunidade do futuro." Ele sempre repetia isso por saber o quanto a intuição estava presente em nossos diálogos com os irmãos desencarnados, quando em sintonia com os dirigentes dos trabalhos e mentor do grupo mediúnico.

 

A intuição fica evidenciada durante o trabalho mediúnico, no exercício da direção do grupo mediúnico e no diálogo com os desencarnados e conexão com os dirigentes do mundo maior.

 

Eu não possuo mediunidade ostensiva, não vejo, não ouço, não falo ou escrevo, mas a intuição é muito evidente para mim durante a reunião mediúnica. Muitas vezes os médiuns me perguntam se eu vejo, porque eu falo de casos ou de pessoas que estão presentes, em Espírito, durante o diálogo. São cenas, histórias, pessoas, diálogos que são citatos sem serem vistos ou ouvidos.

 

Um dia desses tive um caso bem pitoresco. Para mim foi muito marcante, por ter sido atípico. Estava tentando dialogar com um Espírito por meio de uma médium. Vale destacar que nesse dia só haviam médiuns do sexo feminino no grupo mediúnico.

 

Eu tentava dialogar mas o Espírito não dava sinais positivos para o diálogo. Eu tentava, tentava e nada! Então pensei: será mudo? Está amordaçado? Há algo que o impeça de falar?

 

Intuitivamente comecei a falar algo que racionalmente pareceria bobagem, mas aprendi que a minha intuição é muito forte nessas horas.

 

E assim falei: "minha irmã se a sua religião não lhe permite falar com homens, eu sinto muito, respeito a sua crença, mas infelizmente hoje há somente eu para  dialogar com você. Gostaria muito que aproveitássemos essa oportunidade, que ela não fosse desperdiçada, que não jogássemos fora. Somos irmãos, filhos do mesmo pai, permita o diálogo. Mas caso não possa ou não queira, compreenderei e respeitarei o seu desejo."

 

Por incrível que pareça, após essas palavras iniciais o diálogo ocorreu. Ela confirmou a sua religião, os seus problemas e suas dores e vislumbramos a melhor forma de ajudar.

 

Após o dialogo, duas médiuns confirmaram a imagem e as cenas que viam, os trajes que a irmã vestia, ratificando a crença religiosa e a proibição de falar com homens desconhecidos. Esse caso foi um aprendizado ímpar.

 

Recentemente li um artigo de Paramahansa Yogananda, santo indiano, sobre intuição intitulado "Intuição: o poder consciente da alma." Cita o autor: (...) Você não conseguirá fazer isso com a mente racional, porque a mente é vítima dos sentidos e infere apenas o que estes lhe dizem (...). Intuição é percepção direta. É a compreensão pura e onisciente da alma."

 

Mais adiante Yogananda nos ensina "À medida que você se desenvolve, a intuição se manifesta como certo sentimento ou como uma voz silenciosa."

 

O convite para hoje é: se você é muito racional, exercite mais os seus sentimentos. Feche os olhos, silencie a razão e escute a sua voz interior, pois essa o orienta em tudo. Trabalhe mais suas emoções e seja mais e mais intuitivo.

 

Paz e Luz!

 

 

Fonte bibliográfica citada: Yogananda, Paramahansa. JORNADA PARA AUTORREALIZAÇÃO - Self-Realization Fellowship - 2014 - 1ª. Edição em Português - Páginas 107 - 113.

 

 

Ficha técnica:

Texto - Anibal Albuquerque

Marca - Weyne Vasconcelos

Revisão - Idejane de Melo

Mídias sociais - Marcos Lima Domingues


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