domingo, 12 de fevereiro de 2017

87. Para que abreviar as provações e o aprendizado?

REFLEXÃO ENTRE NÓS
87. Para que abreviar as provações e o aprendizado?

Fortaleza, 12 de fevereiro de 2017
com Aníbal Albuquerque

O vídeo de hoje é um convite para reflexão sobre a nossa jornada reencarnatória.

Algumas vezes não compreendemos as  necessidades evolutivas para o aprendizado e reparação de tudo que fizemos por onde andamos e que tenha trazido prejuízos para nós ou para  quem caminhou conosco, nesta ou em outras vidas.

Deus faz tudo na medida certa, mas não podemos esquecer que temos o livre-arbítrio, que nos torna autorresponsáveis por nossos pensamentos, palavras e atos.

Fica a mensagem para deleite, reflexão, aprendizado e prática diária.

Paz e luz!

Obs.: O vídeo poderá ser assistido no Facebook ou quem desejar poderei enviar via whatsapp: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1887881114765403&id=1617057768514407

domingo, 5 de fevereiro de 2017

86. Animismo e mediunidade andam juntos? (parte 3)


CONVERSANDO SOBRE MEDIUNIDADE
86. Animismo e mediunidade andam juntos? (parte 3)

Fortaleza, 04 de fevereiro de 2017
por Aníbal Albuquerque

Hoje traremos da nossa terceira e última parte dessa temática, abordando justamente a manifestação do Espírito do médium durante uma comunicação.

Na prática de grupos mediúnicos já tive a oportunidade de me deparar com um médium ostensivo que manifestava uma de suas existências passadas.

Não é algo comum e, algumas vezes, não é fácil identificar esse fenômeno anímico. No caso citado, somente depois de algumas reuniões mediúnicas, percebi que o fato de o médium se manifestar com a personalidade de uma de suas encarnações passadas, ocorreu devido sua sintonia com um espírito que fora seu contemporâneo naquela época. O fenômeno ocorreu em virtude do magnetismo e sintonia existente.

 O trecho do livro de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, Nos Domínios da Mediunidade. O capítulo 22 - Emersão do Passado, narra um caso semelhante: 

"Solucionados diversos problemas alusivos ao programa da noite, eis que uma das senhoras enfermas cai em pranto convulsivo, exclamando:
- Quem me socorre? Quem me socorre?

E comprimindo o peito com as mãos, acrescentava em tom comovedor:
- Covarde! Por que apunhalar, assim, uma indefesa mulher? Serei totalmente culpada? Meu sangue condenará seu nome infeliz...

Raul, com serenidade habitual, abeirou-se dela e consolou-a com carinho:
- Minha irmã, o perdão é o remédio que nos recompõe a alma doente... Não admita que o desespero lhe subjugue as energias!... Guardar ofensas é conservar a sombra. Esqueçamos o mal para que a luz do bem nos felicite o caminho...

(...)

- Esperar, esperar?! Há quanto tempo não faço outra coisa! Em vão procuro reaver a alegria... Por mais que me dedique ao trabalho de romper com o pretérito, vivo a carregar a sombra de minhas recordações, como quem traz no próprio peito o sepulcro dos sonhos mortos... Tudo por causa dele... Tudo pelo malvado que me arruinou o destino...

E a pobre criatura prorrompeu em soluços, enquanto um homem desencarnado, não longe, fitava-a com inexprimível desalento.

Perplexos, Hilário e eu lançamos um olhar indagador ao Assistente, que nos percebeu a estranheza, porquanto a enferma, sem a presença da mulher invisível que parecia personificar, prosseguia em aflitiva posição de sofrimento.

- Não vejo a entidade de quem a nossa irmã se faz intérprete – alegou Hilário curioso.

- Sim – disse por minha vez -; observo em nossa vizinhança um triste companheiro desencarnado, mas se ele estivesse telepaticamente ligado à nossa amiga, decerto a mensagem definiria a palavra de um homem, sem as características femininas da lamentação que registramos... Em verdade, não notamos aqui qualquer laço magnético que nos induza a assinalar fluidos teledinâmicos sobre a mente da médium...

Áulus afagou a fronte da doente em lágrimas, como se lhe auscultasse o pensamento, e explicou:

- Estamos diante do passado de nossa companheira. A mágoa e o azedume, tanto quanto a personalidade supostamente exótica de que dá testemunho, tudo procede dela mesma... Ante a aproximação de antigo desafeto, que ainda a persegue de nosso plano, revive a experiência dolorosa que lhe ocorreu, em cidade do Velho Mundo, no século passado, e entra em seguida a padecer insopitável melancolia.

(...) passa a comportar-se qual se estivesse ainda no passado que teima em ressuscitar. É então que se dá a conhecer como personalidade diferente, a referir-se à vida anterior."

Amorosamente, Áulus nos mostra o medicamento a ser ministrado à médium, que apresenta um fenômeno anímico: "para nós, é uma enferma espiritual, uma consciência torturada, exigindo amparo moral e cultural para a renovação íntima, única base sólida que lhe assegurará o reajustamento definitivo." Amor, compreensão e amparo espiritual e moral.

Normalmente, muitos de nós rotulam o fenômeno como uma mistificação do médium. Observemos o aprendizado extraído ainda deste capítulo, iniciando-se com o comentário de André Luiz, passando pela "crítica-dúvida" de Hilário e, novamente com os belíssimos ensinamentos de Áulus:

"- Mediunicamente falando, vemos aqui um processo de autêntico animismo. Nossa amiga supõe encarnar uma personalidade diferente, quando apenas exterioriza o mundo de si mesma...

- Poderíamos, então, classificar o fato no quadro da mistificação inconsciente? – Interferiu Hilário, indagador.

Áulus meditou um minuto e ponderou:
- Muitos companheiros matriculados no serviço de implantação da Nova Era, sob a égide do Espiritismo, vêm convertendo a teoria animista num travão injustificável a lhe congelarem preciosas oportunidades de realização do bem; portanto, não nos cabe adotar como justas as palavras “mistificação inconsciente ou subconsciente” para batizar o fenômeno. Na realidade, a manifestação decorre dos próprios sentimentos de nossa amiga, arrojados ao pretérito, de onde recolhe as impressões deprimentes de que se vê possuída, externando-as no meio em que se encontra. (...).

(...)

- Deve ser tratada com a mesma atenção que ministramos aos sofredores que se comunicam. É também um Espírito imortal solicitando-nos concurso e entendimento para que se lhe restabeleça a harmonia. A ideia de mistificação talvez nos impelisse a desrespeitosa atitude, diante do seu padecimento moral. Por isso, nessas circunstâncias, é preciso armar o coração de amor, a fim de que possamos auxiliar e compreender. Um doutrinador sem tato fraterno apenas lhe agravaria o problema, porque, a pretexto de servir à verdade, talvez lhe impusesse corretivo inoportuno ao invés de socorro providencial. Primeiro, é preciso remover o mal, para
depois fortificar a vítima na sua própria defesa."

Fica o ensinamento. Esperamos terem sido úteis os artigos apresentados sobre esta temática, que tantas vezes nos leva a julgamentos precipitados. Que possamos alargar a nossa compreensão nesta área e, principalmente, auxiliar aqueles que mais necessitam do nosso amor.

Paz e luz!


Texto - Anibal Albuquerque
Revisão - Idejane de Melo
Criação da marca - Weyne Vasconcelos

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